16 de agosto de 2012

Desafio Literário: Agosto - Terror || Tales of Terror from the Black Ship

For three long days the coast had been savaged by a wild and rabid storm. The waves threw themselves at the ancient cliffs with a rage few have ever witnessed, and certainly nothing I could remember seeing in the thirteen years of life - and I have lived nowhere elese.
Encomendei esse livro quando ainda estava na metade de Uncle Montague’s Tales of Terror, e, sério, isso já devia falar sobre como gostei da série, do autor e do estilo das histórias – especialmente a se considerar o quanto NÃO sou fã de coisas assustadoras, tais como caramujos carnívoros, gatos que apontam assassinos, e garotinhos sádicos salvos de naufrágios misteriosos.

Tales of Terror from the Black Ship segue mais ou menos o esquema do livro anterior: Ethan e Cathy ficam terrivelmente doentes durante uma violenta tempestade junto à costa onde seu pai mantém uma taverna. Enquanto o pai está fora, tentando encontrar ajuda, eles subitamente melhoram, quase que ao mesmo tempo em que lhes bate à porta um estranho em busca de abrigo, o jovem marinheiro Thackery.

Para passar o tempo enquanto esperam pelo retorno do pai e o final da tempestade, Thackery passa a contar aos dois irmãos histórias de terror passadas no mar – tanto Ethan quanto Cathy são fãs de contos macabros (Poe, aliás, é um favorito dos dois).

Cada conto se sustenta por si só, mas existe uma história maior por trás deles, algo que diz respeito não apenas aos irmãos, mas também ao próprio Thackery em relação a eles, e que formará ainda uma ligação com o Uncle Montague’s Tales of Terror.

Não dá para escrever muito sem entregar a história, porque parte do prazer da leitura é tentar desvendar os mistérios por trás das palavras do marinheiro, da apreensão de Ethan e da tempestade que acontece lá fora.

Priestley me fez pensar na taverna do Fim dos Mundos das histórias de Sandman, que por sua vez emula os peregrinos dos Contos de Canterbury. A diferença é que em Priestley, os ambientes são mais intimistas, com menos ‘peregrinos’ para fazer as vezes de contador de histórias e estas tendem a um tom mais macabro, no estilo de Poe – que parece ser uma das principais inspirações do autor.

Nota: 5
(de 1 a 5, sendo: 1 – Péssimo; 2 – Ruim; 3 – Regular; 4 – Bom; 5 – Excelente)

Ficha Bibliográfica

Título: Tales of Terror from the Black Ship
Autor: Chris Priestley
Editora: Bloomsbury
Ano: 2008
Número de páginas: 256


A Coruja


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3 comentários:

  1. Parece-me uma história bem instigante. Ou é o seu jeito de contar que a torna assim?

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    1. Hehe... fiquei sem graça agora com o elogio... mas o livro é realmente bem legal, eu recomendo. Ele se equilibra bem entre te deixar de cabelos arrepiados e te encantar.

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  2. Histórias de contadores de histórias me deixam curiosa... A última vez que fixei no tema, comecei isso: http://inkhammermelody.blogspot.com.br/2012/10/o-jogo-primeira-rodada.html E ler sobre essa série me lembrou que interrompi o Jogo por causa do trabalho e ainda não retomei -.- Devo concordar que suas descrições e comentários sempre me deixam mais interessada nos títulos que aparecem aqui. O que é mais um argumento para responsabilizá-la em parte por minha caminhada rumo à falência por compra de livros, btw 8D

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